sábado, 6 de junho de 2009

Viña del Mar, cidade da(e) “moda”…

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Sem ver grandes atractivos durante o percurso, chego ao meu destino bastante cedo - foi das viagens mais curtas e rápidas que fiz pelas "américas!"
Bordeando a marginal de Viña, vejo um grande burburilho devido a cimeira "sudamericana" e algumas artérias encontram-se encerradas devido ao evento, mas mesmo assim deu para circular com relativa facilidade.
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Os polícias foram bastante amáveis e deixaram-me passar numa barreira… parei para descansar um pouco e apreciar o entorno… Afinal de contas encontro-me num dos lugares mais badalados da costa chilena, cidade universitária, capital de convenções, moda, casinos, museus, concertos, mas sobretudo da vida boémia dos capitalistas (e não só) de Santiago e arredores.
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Casino

Palco dos míticos festivais de Viña del Mar


Visitei a cidade por dois dias consecutivos e não desgostei do que vi, apesar de não ser nada de impressionante, valeu a pena conhecer o lugar… muito comercial e cosmopolita para o meu gosto... mas gostos não se discutem!


Seguindo a sugestão do Pedro, um português que conheci em S. Pedro de Atacama, visito um museu particular com um espólio de fazer inveja a muitos museus públicos espalhados pela Europa – Museu Fonck… O que mais me impressionou foram as “cabeças jibarizadas”, oriundas de uma tribo amazónica… bastante mórbidas por sinal, mas singularmente únicas!! (no próximo post editarei um virtual tour deste espaço).

Em direcção a Valparaiso…

Bordeando o litoral até ao sul, vou em direcção a Valparaiso – Quinta região do país (note-se que a Ilha de Páscoa ou Rapa Nui, situada a 3700 da costa oeste pertencem a esta região). Aqui encontra-se a sede legislativa do Chile, ponto nevrálgico do comércio marítimo do país e uma das principais bases da marinha.


Esta cidade é património mundial da humanidade desde 2003 e faz jus ao galardão, muito embora peca pela decadência e desorganização, típicas de qualquer zona portuária da América do Sul.
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Esta área histórica pitoresca rodeada de 42 “cerros” bastante povoados, salpicados de contrastes interessantes, possui uma arquitectura “sui generis”, que encanta e atrai milhares de turistas por ano.

A cidade mantém activa uma rede de funiculares que nos elevam aos pontos mais espectaculares, com vistas imponentes sobre a cidade, transportando-nos numa viagem centenária.
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É de realçar a grande influência europeia na construção, principalmente inglesa e alemã, sem descartar a organização das praças, numa traça tipicamente espanhola.

Alguns pontos recordam a zona baixa do nosso querido Porto… caminhos estreitos cheios de escadarias intermináveis, num aglomerado de casinhas coloridas, com roupas secando nos estendais num movimento ondulado pela brisa repleta de aromas de comida caseira e de peixe na brasa…

Depois de uma bela estadia de uma semana nesta maravilhosa cidade preparo a minha rota em direcção a Argentina… o tempo urge e tenho de fazer 1500 kms em dois dias, numa viagem “coast to coast”, do pacífico até ao atlântico, com escalas em Mendoza e Buenos Aires.
Por fim, resta-me uma palavra de agradecimento a Martina e ao Enzo, que me acolheram de uma forma impressionante na sua humilde mas animada Villa Kunterbunt… um bem-haja para eles e obrigado por receberem tão bem a todos os motociclistas que circulam por este pequeno mundo.

1 comentário:

florbela barreto disse...

"...num movimento ondulado pela brisa repleta de aromas...." Que bem, como gosto de ler o que escreves. A pouco e pouco vou conhecendo um Santiago cada vez mais interessante!
Felicidades

florbela