quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O Pantanal

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Ouvindo a sugestão do Luciano, interrompo a minha estadia em Bonito e decido passar uns dias no sul do Pantanal. A 280 km de Bonito, a Pousada de Santa Clara, um dos vários hóteis-fazenda espalhados pelo cerrado, proporciona um contacto com a natureza único, aliados ao excelente atendimento com a equação preço/qualidade bastante vantajosa.
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http://www.pousadasantaclara.com.br/port.php
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Atravessando a Serra da Bodoquena numa pista de terra com aproximadamente 70 km, chego a estrada principal que une Campo Grande com a cidade fronteiriça de Corumbá (Bolívia).
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Num trecho asfaltado de aproximadamente 180 km, chego a entrada do Parque Nacional do Pantanal Sul, classificado pela UNESCO como Património Mundial.
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A partir daqui, noutra pista de terra seca (graças a Deus) é só rolar e apreciar o que a natureza tem de melhor. Esta estrada é também chamada de trans-pantaneira e como a própria designação indica, durante a época de chuvas é praticamente intransitável, inclusive com veículos 4x4.
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Neste percurso de 27 km até a Pousada já deu para sentir o “cheiro” da bicharada.
Considerada a maior zona húmida do mundo, o Pantanal constitui o habitat da maior concentração de animais do hemisfério ocidental. São inúmeras as aves que se reúnem aqui na estação seca,
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além dos muitos répteis (jacaré),
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mamíferos de grande porte (capivaras),
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os macacos, as lontras
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e antílopes,
.numa mistura de microclimas que transformam este local como o ponto quente do ecoturismo e o melhor local para observação de espécies em estado selvagem da América do sul. Quem faltou aos treinos foi a Onça (Jaguar) e a Sucuri (Anaconda).

Cada ponte de madeira esconde os segredos da natureza, cada charco de água é uma explosão de vida selvagem, com incidência nos jacarés e nas aves exóticas. É um equilíbrio certo, uma simbiose harmoniosa repleta de surpresas!
A viagem não foi muito fácil devido a concentração durante a condução. Rodeiras de camiões, pontes de madeira, cascalho solto e lama, proporcionam uma condução emocionante, mas por vezes perigosa. Os meus pneus já estão frágeis e não são os mais adequados para este tipo de terreno, portanto deixei a adrenalina e lado e a minha razão veio ao de cima. Ao atravessar numa das pontes, tive o meu primeiro furo da viagem, nada de mais… o pior foi colocar a moto no cavalete central, mas lá consegui!
Durante a estadia foram várias as actividades, desde caminhadas pelo cerrado, passeio de barco, pesca de piranha, cavalgada, jeep-safari com alojamento em quarto com A/C e 3 refeições, tudo pelo preço de € 35 por dia. Imaginem isto!
Quem ama a natureza tem de visitar obrigatoriamente o Pantanal, Bonito e todo o Mato Grosso do Sul… Vale bem a pena, sem dúvida!
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Jacaré no Rio Abobral


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Ponte sobre o Rio Miranda

2 comentários:

Anónimo disse...

Fico de boca aberta com as imagens e as tuas crónicas. Que aventura linda!

florbela

Anónimo disse...

ghandy nao te preocupes ja enviei uma caixa de licor beirao para ti... eu sei o k e sofrer!!nao demores um abraco toy.