terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Chapada dos Guimarães e Barra do Garças

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Depois de um estudo aprofundado decido alterar o meu percurso, porém, irei por uma rota alternativa mais económica e mais ecológica.
Inicialmente tinha estipulado como passagem (quase) obrigatória o Rio de Janeiro, S. Paulo, Curitiba e Florianópolis.
O meu excesso de equipamento e as cheias em Santa Catarina fizeram alterar o percurso para o interior, mais propriamente Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Estas regiões de vastas planícies e com poucas cadeias montanhosas guardam um segredo natural, património mundial da humanidade… O Pantanal. (falarei mais adiante)
Logo a saída de Cuiabá pela BR – 070, uns 70 km aproximadamente, avista-se uma das últimas cadeias montanhosas desta região, semelhantes as que encontrei em la Gran Sabana, com uma idade geológica em cerca de 500 milhões de anos, designada por Chapada dos Guimarães.
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Formações rochosas cor-de-mel, com quedas-d´água deliciosas e piscinas naturais representam esta região. A minha passagem foi curta mas suficiente para sentir que valia a pena ter ficado mais uns dias.
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Neste ponto situa-se o Centro Geodésico da América do Sul, o marco central deste grande continente, com uma vista de cortar a respiração e um céu de um azul único… dizem que o céu mais azul do planeta é o do Brasil!
Depois de uns 380 km de óptima estrada, com rectas infindáveis e asfalto em condições extraordinárias chego ao meu destino – Barra do Garças.
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A meio do caminho entre Cuiabá e Goiânia, esta localidade tranquila proporcionou uma boa experiência pessoal. Logo a entrada fui abordado por um apaixonado pelas viagens, com um curriculum motociclistico bem recheado – Zaqueu, uma pessoa ponderada, educada e de muito bom gosto, recebeu-me de uma forma muito especial e teve o cuidado de mostrar o que Barra de Garças tem de melhor. Se tudo correr como o esperado ainda nos cruzaremos nos EUA ou no Canadá.
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Como optei não passar pelo Rio de Janeiro, aproveitei uma réplica do Cristo Rei carioca, com o mesmo sentido Cristão mas com uma paisagem um pouco distinta, mas igualmente interessante.
. Depois de 3 dias muito agradáveis, parto em direcção a Goiânia com uma paragem obrigatória em S. Luís de Montes Belos, uma aldeia pacata e arrumada. Cumpri com o prometido e entreguei os presentes que me incumbiram a mãe do Leandro – missão cumprida!
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Valeu a pena pela companhia, pelo lanche e pelo café maravilhoso, feito na hora… parece que ainda sinto o aroma…

1 comentário:

Anónimo disse...

Continuas em grande e a deslumbrar-nos com as tuas crónicas!

florbela