Um pouco desordenada e suja com uma paisagem urbana algo decadente mercados ambulantes rodeiam o porto principal num agitado movimento, de um vai e vem de passageiros e mercadorias oriundas principalmente de Belém e Porto Velho, agitam um porto “moderno” com a descontracção de uma localidade no meio da selva.
Seguindo o meu instinto, visito o ex-líbris da capital, o Teatro Amazonas, um dos poucos sinais remanescentes do período áureo da exploração da borracha e testemunho vivo de ocupação europeia.
A visita começa as 15.30 e durante uma hora pude contemplar uma das muitas construções projectadas pelos portugueses nos finais do século XIX, obra-prima da Belle Époque, altura em que se faziam fortunas com a extracção da borracha.
È caracterizada no seu exterior pela cúpula revestida com 36.000 azulejos coloridos, principalmente com as cores da bandeira do Brasil.
O seu magnífico interior está muito bem preservado, limpo e cuidado, com fabulosos tectos pintados à mão e soalhos de madeira multi-colorida, matéria-prima oriunda principalmente da Europa.
No fim do tour visito uma tasquinha interessante – a tasquinha da Gisela, propriedade do Sr. Joaquim, onde vende o famoso caldo designado por Tacacá.
É um tipo de sopa preparada com o tucupi (sumo de uma espécie de mandioca previamente fervido com alho e chicória), camarões secos, goma (mingau feito com uma massa fina e branca, resultado da lavagem da mandioca ralada) e jambú (considerado como afrodisíaco). O tacacá é servido em cuias (metades de cocos), acompanhado ou não com molho de pimenta-de-cheiro, e é encontrado geralmente em todo o Amazonas, em barracas da famosas “tacacazeiras”. É um prato originário dos índios bastante substancial por sinal.
Fiquei rendido pela explicação da receita e pelas dicas do Sr. Joaquim. Despeço-me dele com a sensação de um dia bem passado com a vontade de regressar, talvez um dia… !
Já com o bilhete na mão e com a cama de rede comprada por 15 reais só me resta que a travessia até Porto Velho corra pelo melhor e de preferência rápido – entre 3,5 a 4 dias…. rapidinho, não acham?
5 comentários:
Quem somos nós para discordar de ti, glorioso viajante aventureiro??!!
florbela
Grande aventureiro que me saistes, espero que disfrutes cada km dessa tua viagem, cada burraco, cada pedra...mas volta sã e salvo porque eu ai nao te irei buscar....abraço deste teu amigo .........fernando-frances-feira
Nao deixes crescer o cabelo sem o lavar, depois serei obrigado a usar uma motoserra.....lol....que tenhas uma OPTIMA viagem! E nao te esquecas dos amigos, pois nos aqui tb estamos de olho em ti..abraço
Nuno Portugal-(o teu barbeiro de estimaçao)
Boas Amigo...
Só hoje é que consegui descobrir a pagina desta tua aventura... Parabéns e que chegues à meta são e salvo para poderes mais tarde contares toda essa viagem que deve estar a ser fantástica. A ver pelas fotos... que inveja...
Grande Abraço
Nuno Silva
noite.pt
então santiago!!!! parece que não recebeste a minha mensagem que te mandei há algum tempo! estou a ver, estou a ver!!! morro de inveja dessa tua viagem!! já sabes que quando regressares tens umas navalhas grelhadas à tua espera!! e depois contas-me tudo!
bejinhos e cuida-te!!! isabel barco boador espinho
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