quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Manaus, Capital mundial da Borracha 1888-1912

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Com a moto mais uma vez parada por alguns dias e depois de negociado o valor do hotel e das refeições, opto por ficar uns dias na capital da Amazónia.
Um pouco desordenada e suja com uma paisagem urbana algo decadente mercados ambulantes rodeiam o porto principal num agitado movimento, de um vai e vem de passageiros e mercadorias oriundas principalmente de Belém e Porto Velho, agitam um porto “moderno” com a descontracção de uma localidade no meio da selva.

Seguindo o meu instinto, visito o ex-líbris da capital, o Teatro Amazonas, um dos poucos sinais remanescentes do período áureo da exploração da borracha e testemunho vivo de ocupação europeia.


A visita começa as 15.30 e durante uma hora pude contemplar uma das muitas construções projectadas pelos portugueses nos finais do século XIX, obra-prima da Belle Époque, altura em que se faziam fortunas com a extracção da borracha.
È caracterizada no seu exterior pela cúpula revestida com 36.000 azulejos coloridos, principalmente com as cores da bandeira do Brasil.
O seu magnífico interior está muito bem preservado, limpo e cuidado, com fabulosos tectos pintados à mão e soalhos de madeira multi-colorida, matéria-prima oriunda principalmente da Europa.


No fim do tour visito uma tasquinha interessante – a tasquinha da Gisela, propriedade do Sr. Joaquim, onde vende o famoso caldo designado por Tacacá.

É um tipo de sopa preparada com o tucupi (sumo de uma espécie de mandioca previamente fervido com alho e chicória), camarões secos, goma (mingau feito com uma massa fina e branca, resultado da lavagem da mandioca ralada) e jambú (considerado como afrodisíaco). O tacacá é servido em cuias (metades de cocos), acompanhado ou não com molho de pimenta-de-cheiro, e é encontrado geralmente em todo o Amazonas, em barracas da famosas “tacacazeiras”. É um prato originário dos índios bastante substancial por sinal.

Fiquei rendido pela explicação da receita e pelas dicas do Sr. Joaquim. Despeço-me dele com a sensação de um dia bem passado com a vontade de regressar, talvez um dia… !
Já com o bilhete na mão e com a cama de rede comprada por 15 reais só me resta que a travessia até Porto Velho corra pelo melhor e de preferência rápido – entre 3,5 a 4 dias…. rapidinho, não acham?

5 comentários:

Anónimo disse...

Quem somos nós para discordar de ti, glorioso viajante aventureiro??!!

florbela

Anónimo disse...

Grande aventureiro que me saistes, espero que disfrutes cada km dessa tua viagem, cada burraco, cada pedra...mas volta sã e salvo porque eu ai nao te irei buscar....abraço deste teu amigo .........fernando-frances-feira

Anónimo disse...

Nao deixes crescer o cabelo sem o lavar, depois serei obrigado a usar uma motoserra.....lol....que tenhas uma OPTIMA viagem! E nao te esquecas dos amigos, pois nos aqui tb estamos de olho em ti..abraço
Nuno Portugal-(o teu barbeiro de estimaçao)

Anónimo disse...

Boas Amigo...
Só hoje é que consegui descobrir a pagina desta tua aventura... Parabéns e que chegues à meta são e salvo para poderes mais tarde contares toda essa viagem que deve estar a ser fantástica. A ver pelas fotos... que inveja...

Grande Abraço
Nuno Silva
noite.pt

Anónimo disse...

então santiago!!!! parece que não recebeste a minha mensagem que te mandei há algum tempo! estou a ver, estou a ver!!! morro de inveja dessa tua viagem!! já sabes que quando regressares tens umas navalhas grelhadas à tua espera!! e depois contas-me tudo!
bejinhos e cuida-te!!! isabel barco boador espinho